sexta-feira, 31 de julho de 2009

Um homem simples V


Ele estava ali por si só. Sua mente em paradoxo ao seu imóvel corpo não era capaz de aquietar-se por um momento ao menos. Estava ciente das consequências de seus atos, e nada o faria desistir, principalmente porquê a hora não era propicia. O primeiro passa havia sido dado, era impossível voltar atrás.

Das coisas que lhe ocorrera, nada era mais latente do que o valor do ser humano. Não parecia errado mediante ao contexto, mas proibido de acordo com muitos. A cada vez que fixava seus olhos e voltava a realidade por alguns momentos, estremecia, suas pernas pareciam que não aguentar o que estava por vir.

Decidiu não desesperar-se já que tudo havia sido minunciosamente planejado. Durante um bom tempo era tudo o que pensara, e quando dominado por qualquer empecilho repetia a si mesmo: -Quem nunca pensou nisso antes? Apenas estou indo além!
Daquele momento em diante, seria julgado de forma diferente, seria visto como alguém que nunca antes fora, mas esta era a menor de suas preocupações: Faria o que fosse preciso, não necessariamente da forma apropriada, mas iria até o fim.

Era algo transcendente à sua vontade, que requereria mais coragem do que tudo, já que violava e transgredia uma questão de princípios!

Subitamente perdeu a cabeça e a noção do aconteceria, algo mais forte falava por ele. Sua face se contraia a cada movimento, temia ser ouvido por aqueles que inocentemente desciam a rua escura, passando em frente àquela alcova...

Foi a hora mais longa de sua vida...e também a melhor noite de amor que já vivera!